O atormentado de Renato Lima Participação de atriz carioca
O último espetáculo, no dia 28 de janeiro, é Atormentado, um novo monólogo de Renato Lima, do “Instituto Cultural Camarim”, premiado em 2008 e 2009 com A Casa dos Sete Demônios e com Pó Compacto, ambos apresentados naquele espaço. A direção é de Sandra Ribeiro, com figurino, cenário, maquiagem e luz do próprio Renato Lima, e participação de Maria Kiara, atriz convidada pelo ator.


Inspirado no CD de 1997 “Por onde andará Stephen Frey”, de Zeca Baleiro, este Atormentado tem texto do próprio Renato Lima, que também está em cena. O roteiro está baseado, também, na vida de alguns dos seus colegas de teatro e aborda a frustração que acomete os que tentam viver de arte em Santo Amaro de Ipitanga.
Não foi por acaso que Lima se inspirou em Zeca Baleiro. Ator inglês, além de escritor, jornalista, comediante, apresentador de televisão e diretor de filmes, o premiado Stephen Frey desapareceu de circulação durante alguns dias em 1995, na sequência de uma crise nervosa com origem na desordem bipolar que o acomete. Depois falaria publicamente sobre o assunto, confessando ter considerado o suicídio.
Cine-Teatro Lauro de Freitas com programação gratuita em janeiro com artistas locais


Para assinalar a reabertura do Cine-Teatro Lauro de Freitas (CTLF), após a reforma, durante o mês de janeiro serão realizadas atividades artísticas gratuitas basicamente com os artistas locais, shows musicais, peças teatrais, recital poético e uma mesa redonda sobre Cultura e Economia no Município de Lauro de Freitas. Em geral, a programação será iniciada às 20 horas. A primeira etapa da reforma recebeu foyer com portas de vidros, sanitários com acesso a cadeirantes e poltronas acolchoadas na tonalidade vinho. Confira a programação.

Dia 12 de janeiro/ Quarta-feira: Show musical De Todos Lados, com a cantora-compositora Sandra Ribeiro e participação especial do cantor Marlon Gomes. No repertório composições autorais e de artistas consagrados da MPB, Lenine, Adriana Calcanhoto, Caetano Veloso e Chico César. Acompanha a artista o violonista David Nogueira. Classificação: Livre. 19h30.

Dia 14 de janeiro/Sexta-feira: Recital poético, dividido em quatro temas amor, mulher, arte e poemas autorais. Com os atores Melk Mercury, Cely Silva, a poetisa e declamadora Reijane Silva e o cordelista Aloísio Lisboa. No repertório poemas de Myriam Fraga, Reijane Silva, Cecília Meireles, Elisa Lucinda, Bruna Lombardi, Florbela Espanca e outras. Classificação: 12 anos. 20h.

Dia 15 de janeiro/Sábado: Show musical Um Nó de Nós. Marca o encontro dos guitarristas Filipe Cunha e David Nogueira com o cantor e compositor Osvaldo de Souza (Val Filho). Com interpretações que alternam canções consagradas e lançamento de composições próprias. Classificação: Livre. 20h.

Dia 21 de janeiro/Sexta-feira: Projeto Cordas & Copos. Duo musical formado pelos compositores e cantores Eduardo Cachaça e Rogério Grillo. A dupla promete releituras, homenagens aos grandes autores da MPB e canções autorais que nasceram a partir da união para este Projeto. Acompanha os artistas o baterista Marcio Wesley. Classificação: Livre. 20h.

Dia 22 de janeiro/sábado: Cinco Conta Um. Espetáculo teatral de Marcos Moreira, com direção de Tony Ferreira. Pelo Grupo Cultural Tupinambás. Procura provocar no público um olhar crítico tratando de temas que inquietam a sociedade atual, como violência contra a mulher, exclusão social, aborto e novas tecnologias através de personagens estereotipados. Classificação: 16 anos. 20h.

Dia 25 de janeiro/Terça-feira: Mesa redonda, Cultura e Economia no Município de Lauro de Freitas. Convidados representante da Secretaria da Cultura do Governo do Estado da Bahia; Duzinho Nery (diretor teatral e produtor cultural); Raimundo Neves (presidente do bloco afro Bankoma, da localidade de Portão) e Cyça Lopez (bailarina, integrante do Grupo Tran Chan). Público alvo, empresários, políticos e artistas locais. 19h.

Dia 26 de janeiro/ Quarta-feira: Show musical, com Jô Santana e Paulo Vizeu. No repertório composições próprias e de nomes consagrados da MPB. Classificação: Livre. 20h

Dia 27 de janeiro/Quinta-feira: Show de música instrumental. Com o contrabaixista Jean Nascimento. O artista faz o relançamento do CD Viva o Nordeste, gravado em 2009, produção independente. No repertório composições próprias My Praise; Black Brasil; Viva o Nordeste; Recomeço e dentre outras Clave de Fá. Participam Fernando Martins (guitarras), Leonardo Barbosa (teclados) e George Barbosa (bateria). Classificação: Livre. 20h.

Dia 28 de Janeiro/ sexta-feira: Peça teatral Atormentados. Monólogo escrito e dirigido por Renato Lima, direção Sandra Ribeiro. Sandra fará ainda uma pequena mostra de som, com voz e violão. Classificação: 14 anos. 20h.

Dia 29 de Janeiro/Sábado: Espetáculo teatral, com texto e direção de Duzinho Nery. Monólogo interpretado por Leo Santis, mostra um homem atormentado por traumas adquiridos desde a sua infância. Classificação: 14 anos. 20h.


Contatos para mais informações (71) 3288-9351

NELSON RODRIGUES

Morto há 30 anos, o autor de 'Vestido de Noiva' e 'Bonitinha, mas Ordinária' tem suas peças freqüentemente remontadas

Há 30 anos, o Brasil perdia não apenas um de seus maiores dramaturgos, mas um de seus mais originais e polêmicos pensadores. Um dos responsáveis pela modernização do teatro brasileiro, Nelson Rodrigues ganhou uma projeção muito maior do que suas 17 peças, graças à extensa produção como escritor e cronista, e à própria exposição pública. Mesmo quem nunca assistiu a clássicos do teatro brasileiro como “Vestido de Noiva”, “Álbum de Família”, “A Falecida”, “Os Sete Gatinhos” ou “Bonitinha, mas Ordinária” era capaz de identificar seu autor por expressões como “óbvio ululante”, “complexo de vira-latas” e “toda unanimidade é burra”, repetidas a exaustão em seus textos, entrevistas a outros jornalistas e programas de TV como “A Cabra Vadia” e “Grande Resenha Facit”.

Morto em 21 de dezembro de 1980, vítima de insuficiência vascular cerebral, após sete paradas cardíacas, Nelson Rodrigues teve uma vida tão espetacular e dramática quanto os personagens que criava para o teatro ou para folhetins como “Meu destino é pecar” e “Asfalto selvagem”. Vencendo uma infância humilde e a tuberculose que traria sequelas permanentes à sua saúde, o autor também levaria para sua obra várias tragédias familiares e seus casos amorosos.
O dramaturgo nasceu da cidade do Recife no dia 23 de agosto de 1912, sendo o quinto dos 14 filhos de Maria Esther Falcão e o jornalista Mário Rodrigues. Seu pai era deputado e jornalista do “Jornal do Recife”, e mudou-se para o Rio de Janeiro por problemas políticos. Nelson iniciou sua carreia como jornalista, em 1925, especializando-se na página policial.

Sua primeira peça “A Mulher sem Pecado”, já mostra a neurose das relações. O texto fala sobre o ciúme e teve encenação realizada pela companhia Comédia Brasileira, em 1942. Com “Vestido de Noiva”, em 1943, com encenação de Ziembinski ao lado do grupo Os Comediantes, o teatro brasileiro chega a um novo patamar. A ação tem três planos – a memória, o coma e o real – mostrando todos os aspectos da vida da personagem. “Álbum de Família”, de 1945, mostra o lado primitivo dos personagens, trabalhando o ser humano a partir da célula da família. Temas como incesto entre irmãos, mãe e filho, pai e filha. Com isso Nelson reconhece sua criação como "teatro desagradável" e sua obra sofre rejeição e censura. “Álbum de Família” só foi encenada 22 anos depois de ter sido feita.

Em 1946 ele escreve “Anjo Negro”, com a qual sofreu censura religiosa, mas que conseguiu montar dois anos depois, com Ziembinski, pelo Teatro Popular de Arte, tendo no elenco Maria Della Costa e Sandro Polloni. Ziembinski também montou com Nelson “Dorotéia”, em 1950, tendo pouca aceitação do público. Em 1951, o monólogo “Valsa Nº 6” é interpretado por Dulce Rodrigues, irmã do autor, e dirigida por Henriette Morineau. Em 1953, Nelson monta a primeira tragédia carioca, “A Falecida”, encenada por José Maria Monteiro, com a Companhia Dramática Nacional, a CDN, tendo Sônia Oiticica e Sergio Cardoso como protagonistas. Em 1947, vem a encenação de “Senhora dos Afogados”, que teve uma tentativa de montagem no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), mas foi interrompida e só retomada em 1954 pela CDN, com direção de Bibi Ferreira. Nelson subiu ao palco e foi vaiado pelo público, porque mais uma vez mostrou o incesto entre filha e pai, além de assassinatos na família.

“Perdoa-me por me Traíres”, a história de uma órfã adolescente que vive sob a repressão de um casal de tios, novamente causa reação negativa, em 1957. Produzida pelo ator e autor Gláucio Gill, Nelson faz parte do elenco junto com Abdias do Nascimento, líder do Teatro Experimental do Negro (TEN). No mesmo ano, Nelson escreve “Viúva, Porém Honesta”, criticando jornalistas e a crítica especializada. Em 1958, “Vestido de Noiva” recebe uma nova montagem, da Companhia Nydia Licia-Sergio Cardoso em uma versão bem diferente da primeira, conseguindo então uma boa recepção da mídia. “Os Sete Gatinhos” é uma comédia que retoma o tema da família, que se desestrutura por causa de uma das filhas. A peça tem Willy Keller na encenação, e é produzida pelo irmão de Nelson, Milton Rodrigues.

Em 1961, “Boca de Ouro” é encenada no Teatro Nacional de Comédia (TNC), por José Renato, fundador do Teatro de Arena. O bicheiro cafajeste da Zona Norte foi interpretado por Milton Moraes. Fernanda Montenegro encomenda uma peça de Nelson e ele escreve “O Beijo no Asfalto” em 21 dias, texto que aborda o lado sórdido da imprensa e da polícia. O espetáculo foi montado em 1961, no Teatro dos Sete, com direção de Fernando Torres, cenografia de Gianni Ratto, com Sergio Britto, Oswaldo Loureiro e Ítalo Rossi ao lado de Fernanda no elenco.

Em 1962, Martim Gonçalves monta “Otto Lara Resende ou Bonitinha, mas Ordinária”, com Tereza Raquel interpretando a mãe louca em mais uma trama polêmica de Nelson. Em 1965, Ziembinski em mais uma pareceria com o autor, monta “Toda Nudez Será Castigada”, a história de um homem conservador que se apaixona por uma prostituta, Geni, interpretada por Cleyde Yáconis. Em 1967, “Álbum de Família” consegue ser montada, depois de 20 anos, pelo Teatro Jovem, de Kleber Santos, com Vanda Lacerda, José Wilker e Thelma Reston no elenco. A próxima peça demora oito anos para sair. Nelson passou um tempo sem escrever tanto por problemas de saúde como profissionais, mas também porque estava cansado da reação pública aos seus textos. Em 1973, é montada “Anti-Nelson Rodrigues”, com a direção de Paulo César Pereio e que traz pela primeira vez um final feliz aos protagonistas.

A última peça, “A Serpente”, é escrita em 1978. O texto mostra duas irmãs que se casam no mesmo dia, uma é feliz no casamento e a outra não consegue sequer perder a virgindade em sua lua-de-mel. O espetáculo estreia em 1980, dirigida por Marcos Flaksman, no Teatro do BNH, no Rio de Janeiro. Esse teatro passa a se chamar Teatro Nelson Rodrigues, após a morte do autor.

Até hoje os espetáculos de Nelson Rodrigues ganham dezenas de remontagens. Além de suas peças, seus romances, contos e crônicas também ganham versões teatrais. Vinte de suas histórias foram adaptadas para o cinema. Nelson Rodrigues morreu na manhã do dia 21 de dezembro de 1980. Neste mesmo dia, ele faria 13 pontos na Loteria Esportiva, num bolão que tinha feito com seu irmão e alguns amigos do jornal “O Globo”

CINE-TEATRO LAURO DE FREITAS E ESPAÇO XISTO SÃO REABERTOS APÓS REFORMAS


Cine-Teatro Lauro de Freitas e Espaço Xisto são reabertos após reformas
Recuperar, revitalizar e dinamizar os centros de cultura que funcionam sob sua administração é uma das metas da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), unidade da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA) que, nas noites das próximas terça e quarta-feira (14 e 15), entrega à população o Cine-Teatro Lauro de Freitas e o Espaço Xisto Bahia totalmente reformados. O ato será marcado por uma diversificada programação.
“Desde 2007, a Funceb desenvolve ações de requalificação nos espaços culturais da capital e interior. A manutenção física e a aquisição de equipamentos, que, nestes quatro anos, tiveram um investimento que ultrapassa R$ 3 milhões, somam-se a iniciativas de gestão participativa, promoção de acesso e ocupação de pautas, dinamização da programação, capacitação e contratação de profissionais”, resume a diretora da Fundação Cultural, Gisele Nussbaumer.
Ela explica que o trabalho realizado reconhece a importância de manter em pleno funcionamento espaços localizados em bairros populares e fora da capital, viabilizando a produção artística e fortalecendo a economia da cultura de forma descentralizada.
Completando 27 anos este ano, o Cine-Teatro de Lauro de Freitas, localizado no centro da cidade, é o principal espaço cultural do município. Por esta razão, sempre houve uma demanda muito forte da comunidade e das autoridades municipais pela reforma do espaço, que se encontrava em estado precário de conservação. A primeira etapa da reforma teve investimento de aproximadamente R$ 300 mil. A recuperação incluiu a entrada, o foyer, os banheiros e a sala principal, além de substituição de poltronas e instalação de sistemas de climatização na sala principal e sonorização.
Quando a bosta Bate no Ventilador!
Crônica de Renato Lima


Uma reflexão para o intróito de mais um novo ano, para aqueles que acreditam no consumismo de bens materiais, para lavar a alma.

Ele estava sentado frente ao mar, não sei por que exatamente mais ele acha que o mar é sinônimo de calmaria, como se tal movimento e vento batendo em sua destra substituísse a cadeira de um psicólogo, (Eu particularmente acho que o mar não é símbolo de calmaria, foi no mar que vários negros morreram nos negreiros navios, e aquela imensidão de água me dá é fobia isso sim! Lembrei também do Titanic, nossa o mar...)
Cismado ele analisava para seu ego seus falsos erros em 2010, lamurias lamentações e infantilidades cometidas por qual quer um humano- ser.
Na mesma técnica de sua cisma, ele pensou. - Como engordei este ano.
Ele pensa agora nas técnicas aplicada por um dos homens mais bem sucedido religiosamente. JESUS``. Tenho dado o outro lado da face pra apanhar sempre, e me sinto como um cordeirinho de Jesus sempre, e minha vida tem sido uma merda só, e pra compensar sou negro, pobre, meu nome esta no SPC e os outros achem que sou louco, por não gostar de sorrir.
E se ignorasse todas as técnicas deste Nazareno Famoso!
Talvez, ao invés de dar o outro lado da face eu esmurrasse o meu adversário? Ou em invés de ser um cordeirinho eu me transformasse em um leão, pois na Selva que vivo não posso ser um cordeirinho cercado de lobos.
Depois de analisar se em frente ao mar psicologicamente, ele pensou em outros fatos.
Neste ano de 2010 eu me curei com um monte de bobagem, pra curar minha depressão eu comprei um notebook, mas o vendedor me enganou minha depressão continua aos dias de hoje. Como meta, passei a freqüentar teatro e cinema, mas o teatro não me curou nem a gripe, nem o cinema.
Tenho uma sensação de idiotismo e angustia por correr na frente por consumismos desnecessários, como eu tenho um celular, mas comprei um relógio, se meu celular não largo pra nada na vida e ele já vem com relógio! Passo todos os dias na padaria e compro R$ 2,00 de Pães, mas pra que meu Deus se em casa eu tenho massa de cuscuz e biscoitos e no dia seguinte os Pães estão duros!
- Este meu tal consumismo, de querer trocar de camiseta todo dia, tenho varias de varias cores, como perfume tenho vários de varias fragrâncias.
Nestas profundas reflexões ele pensou!
- Eu me visto para as pessoas, me perfumo para as pessoas, compro pão para as pessoas, e eu?
Ele concluiu.
- Este ano não vou apanhar de ninguém, nem tentar ser (cordeirinho) santinho, não comprarei computador, muito menos freqüentarei lugares modestos, não usarei relógio nem comprarei mais pão, nem perfume, muito menos roupas. Serei um leão.
E quando a bosta bater no ventilador, eu volto á consultar as técnicas do nazareno.